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ANGIOPLASTIA EM DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA

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A doença arterial obstrutiva periférica, envolvendo as extremidades dos membros inferiores é uma manifestação comum da aterosclerose sistêmica.

Estudos epidemiológicos indicam que aproximadamente 5% dos homens e 2,5% das mulheres acima de 60 anos sofrem com sintomas de claudicação intermitente como resultado de estreitamento aterosclerótico ou oclusão das extremidades dos membros inferiores. Os sintomas dependem do local da obstrução ou estreitamento aterosclerótico (sejam os vasos femorais superfíciais em 1° colocação ou os vasos ilíacos em segunda colocação) podendo causar dor intermitente ao caminhar( chamada de claudicação), fraqueza,palidez , frialdade e até mesmo gangrenas.Porém , os sintomas de claudicação progridem vagarosamente na maioria dos pacientes . Aproximadamente 30% dos pacientes afetados possuem sintomas necessitando alguma intervenção e 20% desenvolvem isquemia crítica do membro. Talvez o mais alarmante é que o paciente com claudicação intermitente possui um risco de morte cardiovascular (infarto e acidente vascular cerebral) extremamente alto quando comparado com aqueles que não possuem. O tratamento da doença arterial obstrutiva periférica visa reduzir a mortalidade cardiovascular, primeiramente através da terapêutica clínica não farmacológica como cessação do fumo,  o exercício físico quando não contra –indicado , controle rigoroso dos lipídeos corporais, do diabetes  e em segundo momento a terapêutica farmacológica com ASS e clopidogrel buscando alívio dos sintomas ,deixando a terapêutica intervencionista para os pacientes que não responderem ao tratamento clínico.

     Com a evolução tecnológica dos balões e stens, a cirurgia de revascularização vem perdendo espaço para a terapêutica percutânea menos invasiva. Estudos comparativos entre o tratamento cirúrgico e o tratamento percutâneo(angioplastia) demonstram que a taxa de sucesso e a mortalidade são as mesmas , deixando uma vantagem a mais para o lado da angioplastia nos pacientes que possuem alta comorbidade e impossibilidade de realização do procedimento cirúrgico que é de alto risco.
 Como os casos mais comuns de claudicação intermitente cursam com obstrução das artérias femorais superficiais e ilíacas e as taxas de sucesso dos procedimentos percutâneos são elevados , com baixas taxas de complicações. Indica-se a cirurgia de revascularização apenas após um insucesso comprovado da angioplastia o que , com a evolução dos stents e balões direcionadas ao combate deste insucesso provável,tem se tornado cada vez menos freqüente.
Referências:
1-      Krankenberg et al. Circulation 2007;116:285
2-      Interventional cardiology – Spencer B. king III; Alan C. Yeung

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