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VALVOTOMIA MITRAL PERCUTÂNEA POR CATÉTER BALÃO

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A valva mitral é a estrutura cardíaca responsável pelo fluxo anterógrado do sangue oxigenado que vem dos pulmões para o ventrículo esquerdo.

A estenose mitral é o estreitamento da abertura dessa valva que aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Quase sempre a estenose mitral é resultante do processo inflamatório decorrente da doença reumática, afecção que é mais comum nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como o caso do Brasil.
Se a estenose for grave, a pressão aumenta no átrio esquerdo e nas veias pulmonares acarretando insuficiência cardíaca com o acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar).
O indivíduo com insuficiência cardíaca apresenta cansaço fácil e dificuldade respiratória durante atividade física, posteriormente os sintomas podem ocorrer mesmo em repouso.
Através de um estetoscópio o médico ausculta um sopro cardíaco característico quando o sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo pela válvula estenosada.
O diagnóstico é complementado através do eletrocardiograma, do raio-X de tórax e do ecocardiograma. A realização do cateterismo cardíaco é necessária para determinar a magnitude da obstrução e avaliar as outras estruturas cardíacas, como, por exemplo, as artérias coronárias.
A abertura da valva pode ser ampliada através de um procedimento denominado valvotomia por cateter balão.
Nesse procedimento, um cateter que possui um balão em sua extremidade é introduzido através de uma veia e dirigido ao coração.  Quando o balão estiver localizado no plano da valva, este é insuflado, afastando os foletos valvulares e desfazendo a fusão destes.
Este procedimento é uma alternativa interessante e menos invasiva do que a cirurgia cardíaca.
Os primeiros procedimentos de valvoplastia percutânea foram descritos em 1984 e tem sido largamente utilizados nos laboratórios de cateterismo cardíaco até os dias de hoje, com ótimos resultados. 
A necessidade de nova intervenção por restenose da valva em cinco anos varia de dez a vinte por cento dos casos.

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